quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Para quem curti um veloterra ou uma trilha

Dicas Para Pilotagem Em Veloterra e Trilha.

COMO LARGAR EM PROVAS
Existem vários fatores que são responsáveis pela detenção de uma boa largada, o famoso Hole Shot (largada bala, largar em primeiro, sair na frente). Primeiramente, você deve alinhar em uma cava ou suco, que sejam retos, diretos. É preciso estar numa posição, no “gate de largada”, que permita um bom traçado para dentro da primeira curva.
Uma boa largada vai depender de quanta tração está disponível assim como manter o máximo de peso possível na moto que é muito importante. Além disso, concentração e precisão são as coisas que você mais necessita para largar bem.
COMO FAZER CURVAS:
Se você é veloz nas curvas, a tendência é que seus tempos de volta também sejam muito bons. Você pode ganhar muito tempo nas curvas se escolher um bom traçado, frear mais tarde, e manter um embalo alto por toda a curva.
Existem inúmeros tipos de curvas, nas quais se aplicam técnicas básicas:
-Quando você entrar numa curva, coloque-se na posição de ataque, isto fará com que seu peso fique no centro da moto, então, tanto a suspensão dianteira quanto a traseira estarão com distribuição de peso igual;
- Enquanto você deita a moto, coloque o pé para o lado de dentro da curva, esticando-o para frente da moto, mantendo perto do eixo da roda dianteira;
- Conserve sua perna razoavelmente esticada, porém sem travar a articulação do joelho. Mantenha o pé do lado de fora da curva bem firme, fazendo pressão na pedaleira.
-Lembre-se de colocar seu peso na pedaleira de fora, e no assento você deve usar a parte superior do corpo (tronco–braços–cabeça) para obter melhor equilíbrio.
As curvas são compostas de: entrada, execução e saída.
A entrada de curva é quando você freia forte, empurrando seu corpo bem para trás em pé na moto. Após a freada com distribuição de peso, você começa a deitar a moto, levando todo peso de seu corpo bem à frente, para maximizar a tração na roda dianteira, procurando uma linha mais suave possível.
Na seqüência vem a execução, onde procura-se maximizar a tração e o balanço. Você consegue a tração quando forçar a pedaleira do lado de fora da curva, deixar o braço de dentro da curva mais longo (esticado) e o de fora mais curto, com os cotovelos para cima.
A posição do tronco deve ser em vertical e um pouco inclinado para frente, ajudando a aumentar a tração na roda dianteira. Você deve assentar-se na quina do banco.
As saídas de curvas têm uma forma mais explosiva, onde é necessário procurar maior tração para usar toda potência do seu motor. Na primeira parte da saída de curva, você deverá manter seu corpo mais à frente, voltar rapidamente o pé para a pedaleira e começar a acelerar forte. Se por acaso a roda dianteira levantar demais, incline o tronco ainda mais para frente, sobre o guidão.
Assim que a moto começar a andar rápido, você transfere um pouco do seu peso para trás, para ganhar mais tração na roda traseira.
PÉS NA PEDALEIRA:
Você deve usar os pés nas pedaleiras o mais próximo da carcaça do motor. Fique sempre preparado para tirar os pés das pedaleiras se tiver necessidade. A posição de seu pé na pedaleira deverá ficar de uma maneira que você possa frear e passar as marchas com conforto, lembrando que você não pode esquecer os pé em cima dos comandos. Outro fator importante é sempre pressionar a moto com os joelhos.Quando você pilota em cavas muito fundas, é aconselhável pisar com a ponta dos pés na pedaleira, ficando, assim, menos exposto. A pressão dos pés nas pedaleiras é essencial para mudar a moto de direção. Quando o piloto força a pedaleira da esquerda, a moto muda de direção para este lado e vice-versa.
Quanto mais difícil é o terreno, mais peso e mais pressão você deve colocar nas pedaleiras. Quando você força o pé na pedaleira de fora, numa curva, você proporciona mais tração e estabilidade.
ACELERAÇÃO:
- Quando a moto estiver na vertical, ou seja, em pé, a aceleração pode ser forte;
- A moto também acelera mais forte nas retas, quando você distribui o seu peso na roda traseira para obter mais tração.
- Use o controle do seu peso na frente ou na traseira, como um mecanismo de tração controlando a aceleração.
- Mantenha a roda dianteira leve, apenas tocando levemente no chão.
- O acelerador deve ser usado com agressividade, porém bem progressivo.
LOMBADAS E SALIÊNCIAS:
São três os tipos de saliências do terreno: irregularidades causadas pelas motos ao acelerar e ao freiar, proeminências naturais do terreno e obstáculos feitos pelo homem.
Existem técnicas básicas que se aplicam a todos os cocurutos e lombadas. Muitas vezes o piloto deve se segurar firme, preso, mas é só por um instante. Enquanto você melhora sua sincronização e confiança, será capaz de se relaxar e terá mais controle da moto.
Vários pilotos, principalmente amadores, se seguram muito presos, essa é a maior razão de terem problemas de antebraços travados.
É muito importante manter seu peso fora do guidão, enquanto pilota por um terreno acidentado. Prenda a moto com os joelhos, deixe a suspensão da moto funcionar, deixe que ela balance debaixo de seu corpo. Mantenha seu peso no centro e mova-se para trás quando a roda traseira bater nas lombadas maiores, com isto evitará com que a roda trepide e perca a tração. Não deixe seu corpo inteiro começar a se mover para cima e para baixo, segure a tensão em suas pernas. Mantenha a roda dianteira alta para que ela resvale no topo das lombadas. Não a deixe cair dentro dos buracos (partes fundas entre lombadas), mantenha a moto reta, não deixe a parte traseira ficar jogando de um lado para o outro. Enquanto pula pelas lombadas é importante colocar seu peso igualmente distribuído entre as rodas dianteira e traseira. Faça movimentos sincronizados e pilote relaxado.
EMPINAR A MOTO:
Empinar a moto pode ser muito proveitoso, quando usado para tirar o piloto de situações específicas. Você geralmente empina sua moto para: atravessar uma poça de lama; um tronco; na entrada de alguns pulos; em pequenos buracos ou seja, em algum obstáculo que vai bater muito forte na moto. Muitas vezes apenas com uma acelerada mais brusca já é o suficiente para a moto levantar a frente, mas se for preciso utilize a embreagem.
Fonte: site www.3rmotos.com.br
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Fonte: www.rh41.com.br
Pilote sempre em pé na moto: Isso vale para as trilhas de final de semana, provas de Enduro FIM, Cross Country e provas curtas. Nas provas de rali, a posição de pilotagem é outra. Pilotando em pé, você sentirá menos as “imperfeições” do terreno. A posição ideal é: Joelhos levemente dobrados, as pernas segurando a moto, coluna levemente inclinada para frente e cotovelos dobrados, voltados para cima. Com a moto parada, sua posição deixa você em pé, equilibrado. Você nunca deve se apoiar no guidão, ou seja, jogando ou segurando seu peso. Você sempre deve estar apoiado nas suas pernas, não nos braços.
Mantenha o centro de gravidade: Mas o que significa isso? Simples, alguém já deve ter dito a você: “Quando estiver numa subida, encoste a barriga no tanque. Quando estiver descendo, vá para trás do banco…”Bom, é quase isso. Simplificando, manter seu centro de gravidade é manter seu corpo sempre em pé (ereto). Se estiver numa subida, apenas a moto deve se inclinar com o barranco. Seu corpo deve continuar “no prumo”. Ou seja, o tanque vem até você, não é você que vai até ele. Pode ser que ele nem chegue, ou que ele queira passar da sua barriga, tudo depende da inclinação da subida.
O importante é manter o corpo sempre na mesma posição de equilíbrio de quando se está no plano. O mesmo vale para as descidas. Quando se está descendo, apenas a moto deve inclinar-se para baixo. Claro que, numa descida, você não vai conseguir ficar em pé, senão terá de largar do guidão. Mas suas pernas e cintura deverão permanecer o mais ereto possível, inclinando apenas o tronco. Isso fará com que o seu peso seja deslocado para trás e você continue em equilíbrio.
Deixe os indicadores sobre os manetes: No começo, vai ser uma droga. Seus dedos vão doer, vai parecer que você não consegue segurar o guidão com firmeza, etc. Isso passa. Quantas vezes você não escorregou por ter travado o freio dianteiro? Pode ter certeza que foi porque você tomou um susto e “alicatou” o freio. Quantas vezes você não deixou a moto morrer, porque não apertou a embreagem a tempo? Se você estiver com os dedos já posicionados, as reações são muito mais rápidas e precisas. Você não vai mais “alicatar” o freio, pois o seu dedo já vai estar na posição certa quando você precisar dele. O mesmo vale para a embreagem.
Curvas abertas: Não importa se o terreno está liso ou não, o método é o mesmo. Mantenha-se em pé, não sente. Ainda em linha reta, comece a desaceleração, vindo pela parte de fora da curva. Antes de iniciar a curva, trave seu freio traseiro, fazendo com que a moto derrape para se alinhar à parte de dentro da curva, apontando para a saída dela. Assim que ela estiver se alinhando, faça pressão na pedaleira do lado de fora da curva e retome a aceleração.
Isto vai fazer com que você termine de derrapar enquanto aumenta a velocidade e, ao mesmo tempo, mantém seu corpo e a moto equilibrados, por causa da pressão na pedaleira. A melhor maneira de treinar este tipo de curva é fazê-las num terreno liso, forçando a derrapagem, até que você sinta confiança de que não vai sair voando curva afora.
Curvas fechadas: Existem muitos modos de se fazer uma curva fechada. Vamos explicar dois deles. Ambos têm seus prós e contras:
1: Imagine um ponto no meio da curva. Trace uma reta que vai de onde você está até este ponto e outra que vai do ponto para a saída da curva. É assim que você vai fazê-la. Como? Simples: Não reduza a velocidade; freie pouco antes do ponto determinado, travando a roda traseira e derrapando a moto de forma que ela se alinhe à outra reta. Pronto, a curva está feita. Enquanto você derrapa, reduza a marcha para já sair forte da curva. A desvantagem desta curva é que você sai um pouco mais lento, mas em compensação, você freou depois do seu adversário e não precisou fazer uma “tomada” de curva, só precisou de um ponto.
2: Você irá reduzir um pouco antes da curva e, ao entrar nela, deslocar seu centro de gravidade para frente (sentando quase em cima do tanque), jogar a perna que estiver do lado de dentro da curva para frente, em direção à roda dianteira (não é para pôr o pé no chão, é para aumentar o peso na roda da frente) e calçar o máximo que puder o outro pé na pedaleira. Isso fará com que você aumente o peso na roda dianteira evitando que ela escorregue e manterá seu equilíbrio quando a roda traseira derrapar.
Num ponto da curva (você vai ter que descobrir o seu ponto) você começa a acelerar forte. A moto deve escorregar um pouco. Quando alinhar a moto na reta, você já deve estar voltando para a posição em pé, jogando seu peso na roda de trás para dar mais tração à roda traseira. A vantagem é de você sair forte da curva. Com prática, você deve conseguir fazer mais rápido do que a outra, mas você precisa de espaço para isso. Se estiver no corpo-a-corpo e seu adversário souber fazer a outra curva, é provável que você fique para trás.
Frenagem: Todo mundo sabe acelerar, mas poucos sabem frear. Para quem não sabe, o principal responsável por parar a moto é o freio dianteiro, não o traseiro. Em linha reta e em alta velocidade, a melhor maneira de diminuir a velocidade rapidamente é se mantendo em pé na moto, com o corpo inclinado para trás. O uso do freio dianteiro deve ser progressivo, ou seja, você deve começar a pressioná-lo levemente e ir apertando aos poucos. Nunca fique dando “trancos” no freio, não ajuda em nada. O freio traseiro deve ser usado levemente, para ajudar na desaceleração. Numa entrada de curva, o freio traseiro será travado para provocar uma derrapagem.
Pilotando no barro: Escolha o caminho mais seguro para evitar uma possível queda. Deixe a moto numa marcha reduzida, mas mantenha o giro do motor bem alto, para que o pneu mantenha-se limpo e não fique preso nas canaletas. Não confunda giro alto com velocidade. A velocidade será baixa, só o giro do motor que ficará alto.
Pilotando na areia: Para não correr o risco de atolar, você deverá manter a roda dianteira bem leve. Para isso, mantenha-se sempre em pé na moto, com o corpo levemente inclinado para trás. Isto fará com que você alivie o peso na roda dianteira e aumente na roda traseira, o que dará mais tração. Aqui você também utilizará uma marcha reduzida, mas não tanto quanto no barro.
Pilotando em piso duro: Este tipo de terreno parece tão liso quanto o barro, parece que seu pneu traseiro está furado. Para andar bem aqui, você deve utilizar uma marcha mais alta, deixando o motor trabalhar com um giro mais baixo, evitando que a roda traseira perca tração. Aceleradas bruscas e altos giros farão com que você derrape facilmente.
Pilotando nas pedras: Mantenha-se em pé na moto, com o corpo levemente inclinado para a frente, aumentando o peso na roda dianteira, para evitar que ela “saia da mão”. Num terreno muito acidentado, utilize uma marcha reduzida, para poder conseguir obter uma resposta rápida da moto, caso precise superar algum obstáculo.

São muitas as técnicas para pilotar no fora-de-estrada, mas algumas dicas básicas ajudam a entender-se com a moto para dar inicio ao verdadeiro aprendizado. O ideal é os treinos constantes, evitando ficar muito tempo longe das trilhas para não “enferrujar”. Como em qualquer outro esporte, a prática e os treinos têm muitos a ver com os resultados finais.
Subidas: Podem ser enfrentadas de duas formas. Nas subidas curtas, o piloto pode ficar sentado, com o corpo inclinado para frente e pegar embalo para vencer a inércia. A segunda técnica para longas subidas em pé na pedaleira, com o corpo para frente, controlando a aceleração para não levantar a roda dianteira.
Descidas: A principal advertência não deixar a moto derrapar com a roda dianteira. O corpo deve ficar para trás, forçando o guidão com as mãos. Em descidas lisas ou molhadas devem-se ter cuidado com uso do freio dianteiro para evitar o travamento.
Riacho: Nem sempre é possível ver o fundo dos riachos e o maior prejudicado será o primeiro piloto a atravessar, porque terá que achar literalmente o caminho das pedras. È importante não deixar a água atingir o filtro de ar, nem deixar a moto cair no rio. Para facilitar a visão do piloto pode-se ficar em pé nas pedaleiras e mesmo que pareça refrescante, não deve passar muito rápido pelo riacho porque pode ter uma pedra ou tronco submerso.
A dica é, se o riacho tiver partes clara e escura, esta ultima significa mais fundo, e também se partes do riacho tem correnteza é o local mais raso.
Cavas: São erosões formadas por enxurradas que às vezes são tão grandes que quase escondem a moto dentro. Nas cavas grandes precisa tomar cuidado para não entortar os pedais de câmbio e freio. Nem sempre a moto e as pernas do piloto cabem, é preciso”caminhar” com os pés fora da cava e a moto dentro.
Atoleiros: Não existem muitas técnicas especificas, mas vale uma dica importante. Antes de encarar o atoleiro de uma boa olhada em volta para procurar um caminho alternativo. Outra boa dica atravessar o atoleiro a pé, procurando lugares mais firmes para passar. O embalo é essencial, pelo menos irá vencer boa parte do atoleiro na velocidade. No caso da moto atolar não adianta nada ficar acelerando, pois a moto afunda mais. Desça da moto e mão obra.
Troncos Caídos: Neste momento é necessário uma “empinadinha” na roda dianteira para passar a frente da moto, quando o protetor do Carter bater no tronco, a moto deverá ser inclinada para frente e com a ajuda do corpo a roda traseira encontra-se ao tronco, então basta acelerar. A mesma técnica vale para pedras grandes no meio do caminho.

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